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Os impactos da pandemia na educação básica

educação básica à distância

Desde o mês de março de 2020, com a chegada do coronavírus, um novo cenário se instalou em nosso país, e diversas atividades foram afetadas, entre as quais a educação posiciona-se como uma das mais avariadas, principalmente no que diz respeito à escolarização. Cerca de 48 milhões de alunos deixaram de frequentar as aulas presenciais nas mais de 180 mil escolas de ensino básico espalhadas pelo Brasil, em nossa região aproximadamente 8.485 alunos e 611 docentes dos ensinos fundamental e médio tiveram que se adaptar rapidamente e não apenas a um novo estilo de vida frente as necessidades do afastamento social, mas também ao ensino remoto, um novo modelo de educação mediada por tecnologia. Dados de acordo com o censo IBGE 2018.

Esse novo modelo deixou evidente as desigualdades no acesso à educação de qualidade, gerando impactos negativos ao processo de ensino-aprendizagem, podemos citar entre esses pontos:

A pandemia causada pelo corona vírus escancarou a desigualdade existente no sistema de educação básica. Crédito/Imagem ilustrativa
  • A falta de suporte, principalmente das escolas públicas, para o ensino remoto: Embora nos últimos anos as Tecnologias da Informação e da Comunicação viessem ocupando um espaço de destaque em vários setores da sociedade, na educação básica elas eram muito pouco aproveitadas e com o início da pandemia as instituições de ensino tiveram que se adaptar rapidamente ao meio tecnológico, mesmo sem o suporte necessário para isso.
  • Falta de local adequado para estudos em casa: muitas crianças não têm um espaço reservado para estudo, seja por falta de condições financeiras ou falta de espaço físico, entre outros e acabam sendo prejudicadas tendo que estudar em ambientes tumultuados, desconfortáveis e que não facilitam a aprendizagem.
  • Falta de dispositivos eletrônicos para acesso as aulas: muitos alunos são de família carente e não possuem celular, tablet ou computador para acesso as atividades remotas, ou não sabem sequer como manusear esses dispositivos que são de extrema importância para o bom desenvolvimento do ensino remoto.
  • Falta de acesso à internet: muitas crianças não possuem acesso à internet em casa, sendo a maior parte delas residentes na zona rural, fazendo com que tenham que se deslocarem para locais distantes em busca de rede a fim de conseguir realizarem suas atividades, o que acaba sendo muito prejudicial ao processo de ensino-aprendizagem.
  • Falta de formação dos profissionais para a operacionalização das ferramentas de ensino remoto: Uma grande parte dos educadores sequer tinham conhecimento das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC’s) e por não saberem como usá-las a favor do ensino acabam por comprometer a aprendizagem dos alunos, já outra parcela dos professores até estão acostumados a fazerem o uso de tecnologias na vida pessoal, mas não como recurso pedagógico.
  • Pais analfabetos funcionais: Outro grande desafio encontrado no ensino remoto é que os pais tiveram que de certa forma “assumir o papel do professor” sendo, facilitadores e mediadores no processo de ensino-aprendizado. Porém, uma grande parcela desses pais não possui acesso à leitura e a escrita ou não possuem capacidade de compreensão das atividades e acabam influenciando diretamente no desempenho escolar da criança ou adolescente.

São muitos os impactos da pandemia no processo de escolarização das crianças, mas a pandemia impôs para toda a comunidade escolar um momento de profunda reflexão sobre quais caminhos podemos seguir a partir dos impactos negativos e das dificuldades que estamos enfrentando? E quais os ensinamentos trazidos pelo ensino remoto?

  • A Importância do uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação como recurso pedagógico, proporcionando conteúdos diversos e interativos. O suporte da tecnologia também é uma ferramenta extremamente importante para eliminar os obstáculos geográficos.
  • A aproximação da família na vida escolar dos filhos. As famílias estavam muito afastadas do aprendizado das crianças, adolescentes e jovens, ao se verem obrigadas a estarem mais próximas da rotina de estudos deles, os pais e responsáveis perceberam a importância de estarem mais inteirados e presentes às metodologias adotadas pelos docentes e a desempenharem seu papel na educação dos filhos.
  • Ressignificação da educação para desenvolver novas atividades. É preciso renovar o ensino, as escolas precisam ensinar os alunos a explorarem a sua criatividade para resolver situações complexas e não apenas para obterem êxito em provas.
  • Valorização do professor. Com os filhos em casa, os pais reconheceram o tamanho do esforço e complexidade do trabalho dos educadores. Mas a valorização do professor, além do reconhecimento de estudantes e famílias, pede políticas públicas desenvolvidas de maneira integrada, que inclua formação inicial e continuada, plano de carreira, condições adequadas de trabalho e suporte dos gestores.
  • Metodologias ativas. No campo educacional, as metodologias ativas, que fazem com que o aluno saia da passividade e se torne o centro do processo de seu aprendizado, proporcionando um aprendizado ativo e colaborativo, devem receber cada vez mais destaque. Além disso, a metodologia ativa ainda contribui para o desenvolvimento de habilidades que são importantes para o mundo de hoje, como empatia, exercício de resoluções de problemas, colaboração etc.

Sendo assim compreendemos que o atual momento que estamos atravessando chama à atenção a respeito de aspectos essenciais para a educação tais como as desigualdades sociais e de acesso e uso das tecnologias, os desafios impostos ao currículo e à prática educativa escolar. Em contrapartida nos permite grandes oportunidades para uma revolução na área educacional.

Aline Millênnia

“O impacto mundial provocado pela pandemia da COVID-19 refletiu também na área educacional transformando a rotina de estudos de alunos de todo o planeta. Desde meados de março de 2020 milhões de estudantes e professores tiveram que readaptar suas rotinas devido ao isolamento social fazendo com que cada escola precisasse criar a sua própria forma de continuar com a transmissão de conhecimento.

Embora sejam evidentes os diversos impactos negativos decorrentes do atual cenário que estamos atravessando precisamos tirar uma lição desta situação, pois momentos como estes tem muito a ensinar a aqueles que estão dispostos a aprender, fato comprovado ao longo da história onde as crises globais sempre serviram como ponto de partida para grandes revoluções.

Que o fim da pandemia venha e traga com ele lições valiosas que contribuirão para melhorias na educação.”

Eliane Resende

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