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Lobo-guará invade farmácia popular no centro de Desterro de Entre Rios

Animal estava assustado e buscou por esconderijo na cidade

 Um caso inusitado aconteceu na cidade de Desterro de Entre Rios na noite desta quarta-feira (15/09). Por volta das 19h, um Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) subiu a rua José Brasilino de Andrade, que vem da rodovia MG-270 sentido ao posto de saúde.

Quando o animal estava próximo a farmácia que se situa ao lado do posto de saúde, alguns cachorros que estavam na rua correram em direção do lobo, fazendo-o ser obrigado a passar pelas grades da farmácia popular, afim de encontrar abrigo e se afugentar dos cães e civis que estavam próximos.

 O animal, estava com bastante medo devido ao barulho que estava fazendo pelo grande número de pessoas e também por estar ocorrendo a festa da padroeira da cidade, situação que estimulou carreata, motociata e fogos de artifício. Por tais motivos, o lobo permaneceu deitado na parte interna da farmácia por várias horas.

Lobo-guará se escondeu nos fundos da Farmácia Popular de Desterro. Crédito/ Joel Mudesto.

 A Polícia Militar foi chamada para auxiliar na retirada do animal do recinto, uma vez que os órgãos ambientais (Policia Ambiental e Ibama) só atendem este tipo de ocorrência nos horários de segunda a sexta de 07 às 19 horas. Com a chegada da Polícia, foi aberta a porta da frente e os militares com o auxílio de dois voluntários entraram no ambiente na tentativa de “tocar” o animal, para que ele pudesse passar pela porta da frente e seguir o seu caminho, porém, sem sucesso. Conforme dito, o animal estava bastante acuado e nesta situação, até mesmo um animal dócil apresente grande perigo, pois é a sua última alternativa de defesa.

Após esta tentativa frustrada, foi conversado entre os militares e os voluntários que a melhor alternativa a se fazer era deixar a porta da frente aberta e a dispersão do grande número de pessoas que haviam no local, com isto, ao cair a noite o animal iria sentir-se tranquilo para passar pela a porta e ir embora sem que nada o pudesse amedrontar.

Os policiais pediram para que as pessoas entrassem e fechassem suas casas e foi orientado para que as pessoas ao redor fossem se retirando para o animal obter sossego. Seguindo estas orientações, por volta de 00:30h o animal passou pela porta tranquilamente e desceu o morro sentido a rodovia.

Aparições de animais silvestres na cidade

 Este ocorrido proporciona algumas reflexões. Naturalmente, um animal silvestre como é o caso do Lobo Guara não habita cidades, pelo contrário, eles à evitam. A fragmentação de habitat, ou seja o desmatamento e degradação dos ambientes naturais é o maior fator de extinção de espécies, fazendo os animais migrarem de seus territórios em busca de novos espaços, ocasionando a invasão dos mesmos em polos urbanos. Recentemente, nossa região vem sendo alvo de muitas queimadas, acabando com a grande diversidade que temos por aqui.

   Outro fator a se refletir é a queima de fogos de artifício. A audição de todo grupo dos Canídeos (Cachorros, lobos, coiotes e afins) é bem mais aguçada que de nós seres humanos. Por via de curiosidade e complementação, o ser humano é capaz de ouvir frequências de 10 a 20 hertz, enquanto este grupo de animais, podem ouvir vibrações de 15 até 40 hertz, sendo barulhos grandes como é o caso dos fogos um grande incomodo para estes animais. O animal fica desorientado com estes ruídos, trazendo assim mais uma possibilidade para os mesmos adentrarem no meio urbano. Porém, os fogos de artifício ainda são legalizados.    Há muito que possamos fazer para evitar este tipo de situação. A melhor e mais segura proteção que possamos fazer é evitar colocar fogo em pastagens, jogar guimbas de cigarro nas margens da rodovias e denunciar quando ver algo criminoso acontecendo, as denúncias são anônimas. Outra coisa que pode ser evitada, é o uso de fogos de artificio em prol do bem estar animal. A educação ambiental é fundamental e ela tem que ser fomentada em todo ambiente familiar, escolar, cultural e em todos os maios de comunicação. É de grande importância e nosso dever preservar os ecossistemas

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